sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

SOROCABA -SP - UNISO - HISTÓRIA ILUSTRADA

APRESENTAÇÃO

         Quando concluí meus estudos de segundo grau no Liceu Pedro II em Sorocaba, parti para a realização de um grande sonho – o curso superior. Isto foi no ano de 1970. O primeiro grau eu fiz na Associação Cristã de Moços de Sorocaba - ACM - Madureza, com exames em Itu-SP e no Colégio Prof. Júlio Prestes de Albuquerque (Estadão) em Sorocaba, onde recebi meu certificado de conclusão.
         Meu grande desejo era cursar História. Ocorre que na Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras de Sorocaba esse curso não era disponível no período noturno e de dia eu trabalhava na Cia. Brasileira de Alumínio.
         Prestei vestibular para Pedagogia e fui muito bem sucedido, colocando-me entre os primeiros classificados, isto no ano de 1971, quando já tínhamos três filhos. Concluí meus estudos com licenciatura plena em Pedagogia com habilitação em Orientação Pedagógica e Educacional.
         Por sua vez, minha esposa Claudineide Marra Ribeiro fez nessa mesma faculdade o curso de Letras – Licenciatura Plena –Português/Inglês nos anos de 1980 a 1982. Ela se tornou professora na rede estadual e se aposentou em 2009.
Eu, por trabalhar de dia na Cia. Brasileira de Alumínio optei por trabalhar no curso noturno do Supletivo Municipal (Mairinque e Alumínio) de 1975 a 1985, tendo lecionado ainda no Sistema Educacional Barão em São Roque. 

HISTÓRICO DA UNISO

 A origem da Uniso foi a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Sorocaba, criada como Faculdade Municipal, em 1951, mas que só começou a funcionar quando o Bispado de Sorocaba aceitou a responsabilidade de administrá-la, sem qualquer ônus, em 1954, com os dois primeiros cursos: Pedagogia e Letras Neolatinas. No ano seguinte, três novos cursos: Filosofia, Geografia e História. Começo modesto e, paradoxalmente, brilhante para a época, com professores vindos de São Paulo e do exterior, e cursos de tempo integral, manhã e tarde, em prédio cedido pela Prefeitura, onde hoje está o câmpus Trujillo. De 1958 a 1988, atendendo às demandas sociais de Sorocaba e Região, foram criados, além de Matemática, três cursos na área das Ciências Sociais Aplicadas, a saber: Administração de Empresas, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas, desenvolvendo-se, paralelamente, muitas atividades de extensão ligadas aos nove cursos de graduação então existentes. Contando já com bom potencial acadêmico, reconhecido pela sociedade local, foram oferecidos os primeiros cursos de pós-graduação lato sensu, em 1973, com grande incremento a partir da década de 80, nas áreas de Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas e Linguística, Letras e Artes. Em 1988, a Fundação Dom Aguirre, mantenedora das duas Faculdades então existentes, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras e a Faculdade de Ciências Contábeis e Administrativas, com base na legislação da época e na inexistência de universidade estatal na cidade, houve por bem iniciar o processo de transformá-las em Universidade. Foram seis anos de um trabalho preparatório muito proveitoso, com a orientação qualificada de uma Comissão Especial do Conselho Federal de Educação. O primeiro passo foi a constituição, em 1992, das Faculdades Integradas Dom Aguirre -Fida e, em 1994, pela Portaria Ministerial nº 1.364, de 13 de setembro de 1994, publicada no Diário Oficial em 15 de setembro de 1994, chegou-se à criação da Uniso, Universidade Comunitária, voltada para a formação de profissionais éticos e competentes, à luz dos princípios cristãos. A partir de 1995, a Uniso criou os cursos de Análise de Sistemas, Direito e Comunicação Social com as habilitações em Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas; Administração em Comércio Exterior, Letras, com habilitação em Português/Espanhol, Hotelaria, Turismo, Terapia Ocupacional, Farmácia, Sistemas de Informação, Nutrição, Ciência da Computação, Física, Teatro: Arte/Educação, Química, Biotecnologia e vários Cursos Tecnológicos. Em 1999, foi inaugurada a Cidade Universitária, terceiro câmpus, depois do Trujillo e do Seminário. Em 2002, foi criada a Unidade Tietê, onde funcionaram os cursos de Pedagogia e Administração. Para comprovar fortemente seu status de Universidade, a Uniso, desde 2002, vem trabalhando também no desenvolvimento da pós-graduação stricto sensu, aumentando progressivamente o corpo docente de tempo integral e a publicação científica, podendo, assim, oferecer seu primeiro Mestrado, em Educação, recomendado pela Capes, tornando-se a primeira Universidade da Região a oferecer curso de pós-graduação stricto sensu. Em 2006, começaram a funcionar os Cursos Superiores de Tecnologia em Gestão de Marketing de Varejo, Gestão de Produção Industrial, Gestão Financeira, Design Gráfico e o bacharelado em Biotecnologia. Também, foi recomendado pela Capes o reconhecimento do curso de Mestrado em Comunicação e Cultura, na área de concentração em Mídias e com as Linhas de Pesquisa: “Comunicação Midiática” e “Produção Cultural Midiática”. Em 2007, os Cursos Superiores de Tecnologia em Gestão Ambiental, Gestão da Produção Industrial, Logística e Marketing revisaram suas denominações e seus Projetos PolíticoPedagógicos, em razão da necessidade de se adequarem ao Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia. Respeitando as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração e em Pedagogia, também em 2007, extinguiram-se as habilitações existentes nesses dois cursos. No mesmo ano, Comércio Exterior, antiga habilitação do curso de Administração, passa a ser oferecida como curso de graduação bacharelado. Em 2008, foram criados cinco cursos tecnológicos, a saber: Gestão de Equinocultura; Gestão da Qualidade; Design de Produto; Gestão de Tecnologia da Informação e Processos Químicos, e o bacharelado em Design. Também foi recomendado pela Capes, o reconhecimento do curso de Mestrado em Ciências Farmacêuticas. Em 2009, a Universidade iniciou o funcionamento dos Cursos Superiores de Tecnologia em Design de Interiores, Design do Produto e Gestão da Qualidade, além do bacharelado em Design. Em 2010, houve a posse de uma nova Reitoria, a primeira por eleição. Nesse sentido, houve a integração das Pró-Reitorias de Graduação, de Pós-Graduação e Pesquisa, e de Extensão e Assuntos Comunitários em uma nova Pró-Reitoria, a Acadêmica. Também houve a concentração da maior parte das atividades institucionais na Cidade Universitária e no câmpus Trujillo, ficando o câmpus Seminário com atividades de extensão e de atendimento à comunidade externa. Nesse ano, também iniciaram suas atividades os seguintes cursos de graduação: Arquitetura e Urbanismo, Artes Visuais, Dança, Educação Física, Enfermagem, Engenharia Civil, Engenharia da Computação, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia Elétrica, Engenharia Química, Estética e Cosmética, Fisioterapia, Gestão Comercial, Música e Processos Gerenciais. Também, nesse ano, foi recomendado pela Capes o reconhecimento do primeiro Doutorado da Universidade, em Educação. Em 2011, o Conselho Universitário aprovou a criação do curso de graduação em Psicologia. Nesse ano, foi inaugurado o Bloco E da Cidade Universitária, com 14 (quatorze) salas de aula. Ainda, na Cidade Universitária, foram inaugurados o Laboratório de Eletricidade, no Bloco E, e os laboratórios de Materiais e de Materiais de Construção, no Prédio da Biblioteca, bem como o Laboratório de Fisioterapia e Enfermagem, no Bloco D. Em 2012, começou a funcionar o curso de Medicina Veterinária e foram inaugurados os laboratórios de Conforto Ambiental, de Pesquisa em Toxicologia – Lapetox, de Solos, de Estética, de Desenho e o Núcleo de Saúde; ainda, nesse mesmo ano, efetuou-se a parceria da Universidade com o Instituto Nextel, atuando no desenvolvimento de jovens, a fim de ampliar as oportunidades de inserção no mercado formal de trabalho. Em 2013, começaram a funcionar os cursos de graduação em Agronomia, Design de Moda, Educação Física (bacharelado), Engenharia de Alimentos, Engenharia de Bioprecessos e Biotecnologia, Engenharia de Materiais, Eventos, Geografia, Jogos Digitais, Letras: PortuguêsEspanhol, Psicologia, Química Industrial, Relações Internacionais e Segurança do Trabalho. Também nesse ano, foi recomendado pela Capes o curso de pós-graduação stricto sensu, Mestrado Profissional, em Processos Tecnológicos e Ambientais, e inaugurado o Bloco F, o maio prédio da Cidade Universitária, a qual recebeu a denominação de Cidade Universitária Professor Aldo Vannucchi. Quanto à Educação a Distância, ela vem se afirmando na Uniso, desde 2002, com o preparo da infraestrutura física e a formação específica de professores para oferta da modalidade semipresencial em vários componentes curriculares dos cursos de Graduação e de Especialização. Referente à Especialização, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP credenciou o curso de Especialização em Gestão Ambiental.

Fonte:  http://www.uniso.br/uniso/doc/historico_uniso.pdf


FOTOS ILUSTRATIVAS


Campus - Cidade Universitária


Campus Trujilo


Campus Seminário


Unidade de Tietê, SP


Dirigentes - Anos 50


Professor Aldo Vanuchi - Um 
dos idealizadores e principal
 organizador da universidade


Prof. Antonio Pedro Miziara
Professor de Estudos de Problemas
Brasileiros. Era monsenhor e se
tornou bispo de Bragança Paulista


Prof. Arthur Fonseca Filho
Professor em nosso curso


Prof. Luiz Almeida Marins Filho
Fez a primeira palestra para nossa
turma na condição de calouros
Assunto: Projeto Rondon


Minha colação de grau - Professor Lauro
Sanchez, diretor da FAFI (1973)


Colação de grau de minha esposa
Claudineide Marra Ribeiro -Diretor
da FAFI Prof. Aldo Vanucchi - 1982



CONCLUSÃO

         Este trabalho pode ser melhorado através de críticas construtivas e sugestões. É assim que tenho feito com todas as postagens publicadas em meu blog.
        Portanto, se você tiver qualquer contribuição a fazer, poderá entrar em contato comigo através do e-mail indicado no final desta publicação, ou por mensagem no Facebook.


SOBRE O AUTOR DA POSTAGEM



Wilson do Carmo Ribeiro é industriário aposentado, pedagogo e historiador diletante. 
É presbítero em exercício da Igreja Presbiteriana do Brasil, servindo atualmente na Igreja Presbiteriana Rocha Eterna de Sorocaba.
E-mail: prebwilson@hotmail.com




segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

SOROCABA - SP "A ARANHA DO VERGUEIRO"

APRESENTAÇÃO

         Recentemente publiquei na rede social Facebook uma foto da estrutura em concreto existente no Bairro Vergueiro em Sorocaba, a qual é popularmente chamada de “aranha do Vergueiro” devido ao seu formato parecido com aquele aracnídeo.
         Surgiram alguns comentários e entre eles, o de alguém querendo saber maiores detalhes a respeito, além daqueles que fizeram parte de minha postagem. Veio então a ideia de fazer algo mais mais amplo sobre o assunto. É o que apresento através deste trabalho.
         Todas as explicações a respeito do projeto e porque ele não prosseguiu, foram extraídos de informações disponibilizadas na Internet. Como são três artigos diferentes, ocorrem algumas informações repetidas.
         Por fim, em se tratando de um projeto que visava a edificação de um templo católico, quero deixar bem claro que meu trabalho é única e exclusivamente de cunho informativo.
         Boa visualização.


1 – MATÉRIA DO JORNAL CRUZEIRO DO SUL

O que foi – ou melhor – o que era para ser a “Aranha do Vergueiro”? A estrutura de concreto de 20 metros de altura foi o que restou do projeto inicial do Santuário de São Lucas. A estrutura está localizada junto ao Hospital Regional de Sorocaba no bairro Jardim Vergueiro, Zona Sul de Sorocaba.
Em uma cerimônia que ocorreu em 18 de outubro de 1959 (dia de São Lucas, santo padroeiro dos médicos), sob a benção do cardeal arcebispo de São Paulo, dom Armando Lombardi, a pedra fundamental da igreja foi colocada no local onde seria o futuro altar. Porém, o tempo passou e apenas a estrutura de concreto foi erguida no local.
O Santuário de São Lucas foi idealizado pelo monsenhor Antônio Misiara, que ocupava os cargos de assessor eclesiástico e professor de filosofia moral da Faculdade de Medicina de Sorocaba. A igreja foi projetada pela construtora Marna Ltda, de Curitiba, para ter a forma de uma cruz vermelha. O prédio seria apoiado sobre uma vasta plataforma de mármore, teria uma torre de 86 metros de altura e comportaria 1.100 pessoas sentadas e mil em pé.
O altar ficaria no centro da igreja. No subsolo seriam construídos um salão social, restaurante, cozinha, biblioteca e sala de conferência.
A igreja também reuniria, por meio da arte, a religião com a medicina. Estavam previstos quatro quadros em mosaico, vistos do interior da cúpula: a primeira intervenção cirúrgica (o Criador no ato de tirar a costela de Adão), a primeira intervenção clínica (São Rafael curando Tobias), o verdadeiro ideal da medicina (a cena do bom samaritano) e um quadro de São Lucas, patrono dos médicos.

“Antes, os carros paravam por lá, passava gente a pé. Por medida de segurança, essa área foi isolada”, relata um dos operadores do estacionamento.
O aposentado Paulino Ribeiro Rocha, 72, acompanhou de perto o início da construção do santuário. Na época, ele era um dos responsáveis por levar as pedras para a confecção do concreto. “Essa região era quase deserta. Não tinha essas casas ao redor, só mesmo o prédio da faculdade de Medicina”, comenta.
A armação de concreto lembra um pouco uma igreja somente quando venta pelos lados do Vergueiro. Basta chegar perto da armação de concreto para ouvir o som semelhante ao emitido por sinos. A causa é o contato dos vergalhões, distribuídos ao redor das colunas que sustentariam o santuário.

2 – BLOG DA 20ª TURMA DA FACULDADE DE MEDICINA DE SOROCABA

Quem não se lembra da famosa estrutura de concreto existente nas proximidades do Hospital Regional e que era conhecida como "a aranha"? Essa curiosa construção remanesce até hoje incompleta, certamente em decorrência da falta de recursos para que o seu projeto original pudesse ser concluído.

Sonho de um saudoso professor nosso, o querido Antonio Pedro Misiara, à época Monsenhor, ali se pretendia fosse erguido o Santuário de São Lucas dos Médicos do Brasil, dotado de um arrojado projeto arquitetônico, como se pode ver abaixo por sua maquete.


A maquete do santuário


Resta saber se a estrutura ainda terá alguma destinação ou se permanecerá ali por tempo indeterminado, apenas como símbolo de um sonho que não se concretizou.



3 – UM SONHO NÃO REALIZADO

Matéria de Giuliano Bonamim 
giuliano.bonamim@jcruzeiro.com.br
  

O sonho de construir o Santuário de São Lucas está prestes a completar 55 anos. A pedra fundamental do empreendimento foi instalada durante uma cerimônia ocorrida em 18 de outubro de 1959 e colocada onde ficaria o altar da igreja, sob a bênção do cardeal arcebispo de São Paulo, dom Armando Lombardi. A data não foi escolhida por acaso, pois marcava o dia de São Lucas, santo padroeiro dos médicos, além dos dez anos de fundação da Faculdade de Medicina de Sorocaba. O tempo passou, apenas a estrutura de concreto foi erguida e o local acabou apelidado pelo sorocabano como a "aranha do Vergueiro". 

A estrutura está presente em um terreno pertencente ao Conjunto Hospitalar de Sorocaba. Ao redor dela funciona há dez anos um estacionamento particular, que aluga a área para a prestação do serviço. 

O operador de estacionamento Roberto Roma, 62 anos, diz que o concreto armado é uma atração para quem passa pelo local. "Por aqui vem muita gente de fora de Sorocaba, por causa do hospital, e sempre perguntam o que é isso", diz. "Tiram até foto", completa. 

A construção tem 20 metros de altura. Duas bases das vigas de sustentação ficam dentro do estacionamento. As outras duas estão fincadas do outro lado de um muro, na área onde foi construído o restaurante Bom Prato. 

Há também uma cerca que impede o acesso na parte de baixo da estrutura, no interior do estacionamento. Essa região está com o mato alto. Segundo Roma, a medida foi motivada depois de uma parte do concreto ter se desprendido e caído perto dos veículos. "Antes, os carros paravam por lá, passava gente a pé. Por medida de segurança, essa área foi isolada", relata. 

A armação de concreto lembra um pouco uma igreja somente quando venta pelos lados do Vergueiro. Basta chegar perto da armação de concreto para ouvir o som semelhante ao emitido por sinos. A causa é o contato dos vergalhões, distribuídos ao redor das colunas que sustentariam o santuário. 

O aposentado Paulino Ribeiro Rocha, 72, acompanhou de perto o início da construção do santuário. Na época, ele era um dos responsáveis por levar as pedras para a confecção do concreto. "Essa região era quase deserta. Não tinha essas casas ao redor, só mesmo o prédio da faculdade de Medicina", comenta. 

A técnica em enfermagem Karen Sabriano, 36, mora em Sorocaba e desconhecia a história da "aranha do Vergueiro". "Bonito não é, mas não deixa de ser um símbolo da cidade", relata. 

As obras no santuário tiveram início em 1960. Na edição de 19 de abril de 1964 do jornal Cruzeiro do Sul há uma foto que mostra a armação de madeira erguida para sustentar as vigas de concreto. Naquela época, a expectativa era entregar o santuário no prazo máximo de cinco anos. 

Mais de 2.000 fiéis

O Santuário de São Lucas foi idealizado pelo monsenhor Antônio Misiara, que ocupava os cargos de assessor eclesiástico e professor de filosofia moral da Faculdade de Medicina de Sorocaba. A igreja foi projetada pela construtora Marna Ltda, de Curitiba, para ter a forma de uma cruz vermelha. O prédio seria apoiado sobre uma vasta plataforma de mármore, teria uma torre de 86 metros de altura e comportaria 1.100 pessoas sentadas e mil em pé. 

O altar ficaria no centro da igreja. No subsolo seriam construídos um salão social, restaurante, cozinha, biblioteca e sala de conferência. 

A igreja também reuniria, por meio da arte, a religião com a medicina. Estavam previstos quatro quadros em mosaico, vistos do interior da cúpula: a primeira intervenção cirúrgica (o Criador no ato de tirar a costela de Adão), a primeira intervenção clínica (São Rafael curando Tobias), o verdadeiro ideal da medicina (a cena do bom samaritano) e um quadro de São Lucas, patrono dos médicos.

OUTRAS FOTOS ILUSTRATIVAS


Nesta foto da época da construção,vê-se que o
 bairro ainda era pouco desenvolvido
 urbanisticamente


Nesta, pode-se notar o surgimento 
de  grandes edifícios  na região



Ficou em segundo plano, cercada pelos espigões



Estacionamento funciona sob os arcos



CONCLUSÃO

         Este trabalho pode ser melhorado através de críticas construtivas e sugestões. É assim que tenho feito com todas as postagens publicadas em meu blog.
        Portanto, se você tiver qualquer contribuição a fazer, poderá entrar em contato comigo através do e-mail indicado no final desta publicação, ou por mensagem no Facebook.


SOBRE O AUTOR DA POSTAGEM



Wilson do Carmo Ribeiro é industriário aposentado, pedagogo e historiador diletante. 
É presbítero em exercício da Igreja Presbiteriana do Brasil, servindo atualmente na Igreja Presbiteriana Rocha Eterna de Sorocaba.
E-mail: prebwilson@hotmail.com














domingo, 24 de janeiro de 2016

CIDADE DE ALUMÍNIO, SP - CONVERSANDO COM "SEO" ERNESTO



APRESENTAÇÃO
         Ex moradores da localidade de Alumínio, SP, que se tornou distrito em 1980 e município em 1992 criaram na rede social Facebook um grupo ao qual foi dado o nome de Amigos Antigos de Alumínio. Na sua grande maioria, são pessoas que trabalharam na Cia. Brasileira de Alumínio e, depois da aposentadoria do chefe de família foram morar em outras localidades.
         Dentre estes ex- trabalhadores na CBA está o Sr. Ernesto Nunes, hoje com mais de noventa anos, morador na vizinha cidade de Mairinque, onde vive ao lado da esposa dona Malvina e cercado pelo carinho dos filhos, netos e bisnetos, além do grande número de amigos granjeados ao longo da sua preciosa existência.
         Dentro do espírito lançado pela coordenação do Grupo Amigos Antigos de Alumínio, decidimos fazer uma resenha da vida de seu Ernesto e para isso convidamos a filha dele a Nádia Pires para que o entrevistasse. Ela o fez com muito carinho e o resultado desse trabalho é o que você verá em seguida.

SEU ERNESTO – MEMÓRIA DE FAZER INVEJA, FORNECEU AS INFORMAÇÕES Á FILHA NÁDIA
ORIGEM
Ernesto Nunes nasceu em 10/12/1925. Dona Olária foi a parteira na localidade de Paiol Velho - Bairro do Carafá, até então Comarca de Ibiúna.
Seu pai Sr. Raimundo Nunes faleceu em 1957, provavelmente de câncer e sua mãe senhora Durvalina Nunes faleceu em 1983 vitimada por um acidente vascular cerebral.
Foram seus avós paternos: Joaquim Marques Nunes, que- morreu em 1937 com 83 anos e dona  Benedita Marques Nunes falecida em 1936 de tuberculose. Seus avós maternos foram Paulo Henrique Mariano, falecido em 1938 de maleita e dona Gertrudes Mariano finada em 1925.
A FAMÍLIA
Ernesto cursou o Mobral em Sorocaba. Ele teve oito irmãos: Zulmira, nascida  em 1920 e falecida em 2006 de AVC); Benedita nascida em 1923 e falecida em 1938 (febre amarela); José ( 1938 - 1940), Luciano (1941-1941), Conceição Pontes (1928 -2013),Daurizia (1931- 2010- AVC), Lázaro  (1938 - 2014 e Bercy (1942-2013).
Ele passou a infância no sitio Paiol Velho. Foi uma fase muito sofrida, sem escola, sem medico. Produzia carvão com o pai. A mãe trabalhava na lavoura com o espanhol José Peres iniciando essa atividade aos dez anos e com quatorze foi para Sorocaba trabalhar na Carvoaria com o Sr. Mario Geminiani (italiano) e sua esposa espanhola a qual ele os conheceu trabalhando no corte de lenha.
A esposa Malvina ele a conheceu desde criança no pequeno bairro rural onde suas famílias moravam.
Malvina nasceu em 09/01/1931 no bairro Carafá, Paiol Velho, Comarca de Ibiúna. Era filha de Hilário Bueno e Rosalina Bueno. Teve sete irmãos: Benedito, Pedro, Armando, Adelaide, Marciano, todos falecidos, Maria e Nelson.
Ela teve uma infância boa e trabalhou desde criança. Estudou, fazendo o curso do MOBRAL na Igreja Presbiteriana de Alumínio.
O CASAMENTO
 Ernesto e Malvina se casaram no Cartório em Mairinque em 04/06/1949 e no mesmo dia na Igreja São José em Mairinque. Foi um casamento simples só com a presença dos padrinhos: Benedito Bueno e Euclides Antonio Batista. Casaram e foram tomar um lanche (tubaína e pão com mortadela) no bar do seu Olvidio.
Numa vida simples, porém feliz, Ernesto e Malvina foram agraciados com a chegada dos filhos maravilhosos:
1- Neusa Benedita Nunes Ferreira nasceu aos 08-12-1951 em Alumínio e é casada com José Assunção Ferreira. A parteira foi a saudosa senhora Benedita Furquim Dias.
Dessa união nasceram três filhos:
- José Eduardo Ferreira casado com Maria Rita Ferreira (bisnetos - João Vitor e Enzo Gabriel);
- Débora Aparecida Ferreira (falecida 11-01-2014- vitimada por um atropelamento). Bisnetos - Vinicius e Isabeli);
- Fernando Henrique Ferreira casado com Lia Mara Ferreira.
2 - Raimundo Nunes - nasceu em 1954 ( falecido - Mal de simioto - doença do macaco como falavam.
 3 - Ida Nunes - nasceu em 1955 ( falecida)
4 -  Nadia Nunes Pires - nasceu 19-11-60 em Alumínio é casada com Luiz Carlos Pires. (a parteira foi dona Benedita Furquim Dias).
Dessa união nasceram dois filhos: Daniele Nunes Pires casada com Luiz Carlos Pereira. Netos - Lucas Pires Pereira e Ricardo Henrique Nunes Pires;
5 - Miguel Arcanjo Nunes - nasceu em 29-09-1965 no Hospital Maria Regina em Alumínio. O nome do menino foi escolhido por uma das religiosas Capuchinhas que trabalhavam no hospital.
6 - Kátia Regina Nunes -  nasceu em 19-01-1968 no Hospital Maria Regina em Alumínio. Nome escolhido por dona Amélia Ceretta. É mãe de Mauricio Ernesto Nunes Travassos, casado com Natalia Nakay Travassos.
A VIDA NA LOCALIDADE DE ALUMÍNIO  
 Ernesto mudou para Alumínio em novembro de 1948. Não havia quase nada, só a CBA (fabrica de cimento e cal). Tinha setenta casas para os funcionários e o comércio da família Cerioni. Havia o cinema, mas não tinha ainda o hospital. Havia a Igreja São Francisco de Paula, o Grupo Escolar Comendador Rodovalho, a Igreja Presbiteriana e a Congregação Cristã  no Brasil.
Em 07-01-1949 Ernesto foi admitido na CBA como ajudante de caminhão. Ficou três anos como ajudante, pedreiro e ajudante do motorista Sr. Orlando Silva. Em 1953 tornou-se motorista. Faltou um motorista para ir para São Paulo e o Sr. Orlando indicou-o ao Dr. Vale que era diretor na época e Ernesto passou a motorista e trabalhou até 1990, mesmo aposentado desde 1981. De motorista de caminhão passou a trabalhar como motorista de ônibus que a fábrica utilizava para o transporte de funcionários que moravam em cidades vizinhas.
MEMÓRIA PRIVILEGIADA
E a filha Nádia continua falando sobre seu pai:Aqui escrevo algumas conversas que tivemos e fui anotando. Isso já faz algum tempo. Um sonho que comecei e pretendo terminar falando sobre meu pai. Ele tem uma memória admirável, principalmente com datas, sabe data de nascimentos e mortes. Minha mãe já não lembra nem de datas e acontecimentos. Vou colocar alguns trechos sobre nossas conversas. O senhor vai verificar que não ha uma sequencia, pois fui escrevendo conforme suas memórias apareciam.
- Antes dos quatorze anos a alimentação era feijão e farinha. O arroz era só no domingo, com frango. Café com farinha, a roupa era feita pela mãe com saco de farinha de trigo ou fubá, não tinha calçado. Os cabelos eram cortados pelo pai.
Quando criança, ia para Brigadeiro Tobias com o pai participar da Missa. As orações, terços e rosários eram feitos nas casas. Em junho havia no Carafá a Festa de São João Batista, organizada pelo avô do sogro Hilário, tradição que foi continuada por Hilário e hoje é feito pelo cunhado Nelson e Iolanda no Bairro do Itararé.
- Indo morar em Sorocaba teve uma vida melhor: Comida, cama, trabalhou numa lenhadora entregando lenha e carvão na época de guerra. Chegava a ficar dois a três meses sem ver os pais. A lenhadora era localizada na Rua Ubaldino do Amaral, centro de Sorocaba, atrás da Rua 15 de novembro. As entregas eram feitas com carroça puxada por burro.
- Já existiam a fábricas de tecidos Cia Nacional de Estamparia, a Santo Antonio a Santa Maria, a Santa Rosália, a Fonseca e a Votorantim desde 1903.
- Até 1957 existia bonde em Sorocaba. Ernesto entregava lenha nas olarias e padarias (a Padaria Gonçalo, ficava na Avenida Cel. Nogueira Padilha.)
- Antes dos 14 anos dormia na esteira, só com lençol e cobertor corta febre (é assim que ele o chama), que valia na época 5 mil reis. Em Sorocaba cama e colchão de capim com cobertor melhor. Alimentação melhor, manteiga na lata de 9 litros e muita carne de porco. No final do ano o Sr. Geminiani comprava 10 kg de avelãs, castanha de caju, castanha do Pará, uvas passas e presenteava seus empregados.
-Em 1940 existiam os cinemas Eldorado, Caracante, São José, e Líder. Leandro e Ernesto iam comer pipoca Os filmes eram mudos. Frequentava os circos que vinham a Sorocaba e que ficavam na Praça das Bandeiras, Largo São Bento e embaixo da ponte do Rio Sorocaba.
- Os sapatos tinham que ser muito bem engraxados.
- Morou com a família Geminiani durante nove anos. Saiu em 1948 e voltou para casa de seus pais, pois o patrão não queria registrá-lo. Trabalhou dois meses na Fazendo no Carafá e em novembro de 1948 veio para Alumínio.
- Até os 14 anos tinha só a certidão de nascimento. Em Sorocaba tirou a Carteira de Trabalho e a de Saúde, emitidas no Posto defronte ao local em que veio a ser construída a Estação Rodoviária.
- Getulio Vargas comandava o país. Ele entrou em 1932 e saiu em 1945. Quando Ernesto fez 18 anos era o tempo de guerra. Não foi sorteado, mas em 1946 se apresentou em São Paulo por obrigação e foi morar por 9 meses no quartel. Deu baixa e voltou para São Roque onde tirou o Certificado de Reservista.
- Nesses 9 meses foi dispensado mas aguardava no vagão a chegada do trem. Como o trem não aparecia tinha que voltar para o quartel e assim por muito tempo.
- Como já foi dito, conheceu a Malvina desde criança, ela com 11 anos em 1942.
- Em 07/02/1949 foi fichado na obra de construção do Grupo Escolar Comendador  Rodovalho como Servente Geral, e sua chapa era 57, vindo morar com a irmã Conceição Pontes e o cunhado Severiano Pontes, na Barra Funda (Vila Industrial), na casa nº 37. Trabalhou com o Encarregado Mario Lourenço, José Mariano e o Chefe geral era João Galli. Faziam tijolo comum. A olaria era no “Bate-Bunda”, onde é agora a CBPO, bairro do Briquituba. Trabalhava das 7 as 16h e levava marmita com a refeição.
- Em 1949, já registrado, casou com Malvina, ela com 17 anos e ele com 19. A Malvina veio de charrete do Carafá e ele de trem. O padrinho dele, Euclides Antonio Batista e dela Benedito Bueno. Casaram no Cartório às 16 horas e as 17 na Igreja, celebrando o enlace,  Dom Abade, pároco de Mairinque. Não havia convidados. Ele com terno de casimira Aurora e sapato Anabelo e ela de vestido branco feito de crepe costurado pela irmã Adelaide e sandálias brancas.
- Saíram da Igreja e comemoraram o casamento no bar do Sr.Ovidio em frente a praça da matriz com lanche de mortadela, tubaína e vinho. A lua de mel foi na casa do sogro Sr.Hilário. Na quarta feira vieram de caminhão com a mudança e ficaram na casa da irmã Conceição.
- Morou com a irmã durante dois anos depois de casados e mudaram-se para a residência da cunhada Adelaide e Manoel Nunes na Rua Álvaro de Menezes onde a casa era maior. A casa de Severiano e Conceição nessa época estava no nome do Ernesto como responsável, mas deixou para irmã e mudou-se para melhor acomodação.
- O diretor do Grupo Escolar Comendador Rodovalho na época era o Dr. Soares.
A VIDA EM ALUMÍNIO
Nadia Pires continua sua narrativa a respeito dos pais recém-casados, agora com enfoque na vida deles na localidade de Alumínio:
 A casa dos cunhados Manoel e Adelaide era bem grande, com porão, aonde mais tarde veio morar a mãe Durvalina, em 1957. As duas famílias dividiam as despesas e nunca houve discussões.
Lá na olaria, faziam uma média de 1.500 tijolos por dia, sendo todo o trabalho manual. Da vila onde moravam, vinham a pé até o local de trabalho e quando ficavam doentes também iam a pé até a Santa Casa de São Roque.
 Os alimentos eram comprados no estabelecimento do Sr. José Cerioni que possuía uma venda no local aonde veio a ser instalada a Vila Santa Luzia.
Em 1951 Ernesto Nunes passou ser ajudante de caminhão na CBA que transportava materiais de Alumínio para São Paulo. Saía às 4 horas da manhã e chegava por volta da meia noite.
Nessa época a estrada ainda era de terra e transportavam sulfato e cal para a cidade inteira de São Paulo, materiais que eram utilizados no tratamento de água e construção.  Esses materiais eram produzidos no Rodovalho, nome antigo da localidade de Alumínio.
Em 1947 recomeça a CBA. Após o Dr. Soares, veio o Dr. Vale, depois Dr. Kid. Este foi sucedido pelo Dr. Figueirôa que faleceu em 1985 e foi substituído na direção da CBA pelo Dr. José Neto. Com este último, Ernesto trabalhou cinco anos.
Resumindo, Ernesto Nunes trabalhou três anos como ajudante de caminhão (descarregando todo material na mão). Trabalhou três anos como ajudante do motorista Sr. Orlando Silva, que lhe ensinou todo o serviço e também a dirigir o caminhão. Nessa época a empresa pagava a alimentação.
 Em 1952 tirou a carteira de motorista (habilitação). O Sr. Orlando Silva passou a ser chefe de seção, ficando Ernesto como motorista até 1956. Os seus ajudantes foram: Osvaldo Martins, Vitório Nunes, Onofre Reis, Benedito Mariano (Paqueiro), Roque Conceição e José Granito, os quais aprenderam o oficio de motorista.

Ernesto Nunes foi o primeiro motorista a transportar o Dr. Antonio de Castro Figueirôa em 1955, ano em que o diretor assumiu seu trabalho na CBA. Foi com a caminhoneta Ford azul, ano 1954 e a viagem foi a Votorantim para participar de uma reunião.

Transportou também o estudante Eno Lippi, que anos depois viria a ser médico da CBA por mais de quarenta anos. Era em um caminhão tipo "pau-de-arara", sendo que Eno Lippi morava em Mairinque e junto com ele viajava um estudante chamado Antonio de Oliveira, morador em um alojamento da CBA.

Esse mesmo caminhão era utilizado para transportar funcionários da fábrica e, quando necessário, fazia as vezes de carro funerário levando corpos para sepultamento em Mairinque, visto que não havia cemitério em Alumínio.

Puxando pela memória, seo Ernesto faz questão de lembrar de seus chefes na Motorizada: João Javorka Júnior, Giovani Rampini, Valdo Kerche de Menezes, Benedito Lima, Carlos Alberto Cabral, Armando Pucci e Paulo Silva.
Lembra-se ainda dos garotos que trabalharam como fiscais nos ônibus que ele dirigia: José Augusto de Araújo, Antonio Marcos Martins, José Pinto (Quati), Isaías Ribeiro (Neguinho), Pacheco, José (filho da dona Penha), Djalma Holanda de Andrade, José Rosa, Adilson, Darci, Benedito (Boqueirâo) e Sebastião (da Vila Pedágio).

Prosseguindo com suas lembranças Ernesto afirma ter trabalhado com os ônibus de prefixo 05, 07, 09, 35, 36, 61, e 66, transportando funcionários, alunos e professoras. Trabalhou ainda com cinco caminhões Mercedes Benz que transportava alumínio da fábrica para São Paulo e adjacências.

Durante um bom período, de madrugada trazia pães da Padaria Royal (Sorocaba) para a lanchonete da dona Maria Ferraz Machado, instalada nas imediações da Portaria da CBA.

VOLTANDO NO TEMPO
Para quem já ultrapassou a barreira dos noventa anos, o Sr. Ernesto Nunes demonstra ter uma memória privilegiada e vai respondendo as perguntas da filha Nádia, incluindo seus tempos de criança. Às vezes a emoção embarga-lhe a voz e aí a filha entrevistadora dá aquele tempinho necessário para depois voltar ao papo.
E “Seo” Ernesto Nunes continua sua narrativa:
Quando do nascimento de sua primeira filha Neusa, Ernesto e Malvina  ainda moravam na Rua Álvaro de Menezes com o concunhado Manoel Nunes .
 Em 1956 já com a CBA sob o comando do Dr. Figueirôa, transportando-o a São Paulo o mesmo prometeu uma casa para Ernesto e sua família e nesse mesmo ano se mudou para a Avenida Santiago, 5ª travessa, nº 37. Os vizinhos eram: Sr. Rosalvo, Sr. Osvaldo de Freitas e D. Lurdes, Sr. Salvador e Ismênia, Sr. Manoel e dona Penha, Roque Hack e João Hack. Ainda não havia asfalto na rua.
 Morou quatro anos na Avenida Santiago e em 1959 mudou-se para a Rua Gabriel Silva Dias nº 258, onde residira o Sr. Francisco Furtado Vieira com a família. A casa da Avenida Santiago ficou com a sua mãe dona Durvalina mais os dois irmãos, Lázaro e Bercy . o Dr. Figueirôa, a pedido de Ernesto, autorizou que ficassem morando lá. 
Em 1956 o cunhado Nelson Bueno veio do Bairro Carafá para trabalhar na CBA e ficou morando junto com a família Nunes na Rua Gabriel Silva Dias. Nesse ano morre a filha Ida de febre alta. Foi atendida no consultório do Dr. Henrique Nastri, e ela tinha apenas 11 meses. O caixão foi fornecido pela CBA e o sepultamento realizado no cemitério de Mairinque.
Em 1958 o encarregado José Morales o escalou para fazer viagem com ônibus para Sorocaba, pois o funcionário Osvaldo Ferreira havia faltado e dai continuou dirigindo ônibus até 15/11/1981 no serviço de transporte de funcionários, professores e estudantes. Entrava às 4 da manhã e saia às 16 horas. 
Em 1961, casa-se o cunhado Nelson Bueno com Iolanda dos Santos Bueno e em 30/12 vem morar juntos na Rua Gabriel Silva Dias.

OS VIZINHOS NA VILA INDUSTRIAL
Ernesto e família moraram na  Avenida Santiago, 5ª travessa nº 37 - como vizinhos tinha o Rosalvo e família, Osvaldo Freitas, dona Lurdes e família, Manoel e Penha e família, Salvador e Ismênia e família, Roque Haak e João Haak e família. Não havia asfalto na época. Morou de 1956 a 1959.
 Em  1959 mudou-se para Gabriel Silva Dias, 258 – Teve como vizinhos: Domingos Teixeira e Alzira, Orestes de Oliveira e Aurélia, Deusdedt e Neide, José Gomes e Iolanda, Antonio Ceretta e Amélia, Antonio Godim e esposa, Brasilio Nicolau de Moraes e Rosa,  Família Moura, Orlando Vieira e família, Osvaldo Pinto e esposa , Wilson Negrão e Lurdes, Valdemar Dias e esposa e Marcílio Godinho e família. Essa casa ficava próxima ao Clube da AAA. 
Em 1969 mudou para Rua Comendador Pereira Ignácio, 67 - Teve como vizinhos Jovino e Judite Berges, Moacir Silva e família, Nelson e Ana Coelho, Alberto Arantes e dona Lola, João e Eunice, Nicanor e família, José Reguinero e família, Paulo Lima e Conceição Mischek, Sebastião e Terezinha de Souza, José Rosa e Lurdes, José Claretti e e família, Silvano e Silvana Domingues, Salvador Verdum e Páscoa, Jose Carmo e Silvana, Otaviano Ferraz e Benedita, Domingos e Nair,  Teodoro e esposa, Maria Bonfim e família, Osmar Silva e família, Aparecida (sogra do Salim), Sebastião Santos (Seba) e Fátima Santos, Calixto Saiotti e Teresinha, José Claretti e Maria, Durvalina e esposo, José Luiz e Aparecida Cassu, Cleuza Gazonato, Hildeu Franco e Cicera, Paulo Teodoro e família, Helena Padilha e família, Geraldo Saioitti e família.
Para falar sobre pessoas que foram de muita importância na vida de sua família,  o Sr. Ernesto ficou bastante emocionado, citando entre outros: o Dr. Figueroa, o Dr Eno Lippi, o Sr. Paulo Dias, a família Cerioni, a família Taraborelli, o Neco da Padaria, a família Botti. 
Os ônibus da CBA foram desativados com a terceirização do transporte de funcionários e em 1981 Ernesto passa a trabalhar na seção chamada Volante 3 cujo Encarregado era o Sr.Honorato Nogueira, permanecendo até outubro de 1989. Já estava aposentado e fez acordo, desligando-se da Cia. Brasileira de Alumínio e indo fixar residência na vizinha cidade de Mairinque aonde a família comprou uma casa.
É nessa cidade que a família vive até os dias atuais.

AS "MARCAS" DO TEMPO


Para encerrar, o amigo Ernesto pediu à filha Nádia que informasse a respeito do seu estado de saúde (ou a falta dela), afirmando ter passado por três derrames e três infartos, além de uma hemorragia estomacal. Foi operado em 26-05-2000, quando recebeu uma ponte de safena e três mamárias em seu coração.
Teve seqüelas como perda da visão e da audição, esta última, segundo o médico devido aos muitos anos de trabalho dirigindo ônibus que tinham o motor na frente, bem próximo da posição do motorista.
Desejamos que Deus dê ainda bastante tempo para que nosso amigo e ex companheiro de trabalho desfrute da doce companhia de sua esposa, filhos e demais familiares que o amam.

Grande abraço. Foi um privilégio poder fazer esta postagem sobre tão considerado homem que sempre honrou seu nome e o de sua sua família. 


ACERVO FOTOGRÁFICO


VIDA PROFISSIONAL


Ernesto Nunes trabalhou nesta obra
(Hoje o prédio não existe mais)




Sr. João Galli com a esposa dona Ana. Ele foi
chefe de Ernesto na construção do prédio
 do Grupo Escolar


Sr. Mário Lourenço -
Encarregado na obra de
 construção do "Rodovalho"


Sr. Orlando Silva
Motorista com o qual Ernesto 
aprendeu a profissão



Sr. Paulo da Silva - Foi o último
chefe de Ernesto na Motorizada



Sr. Honorato Nogueira - O último
chefe na CBA



Sr. Paulo Dias
Chefe do Escritório


Dr. Antonio Ermírio de Moraes (Presidente),
Engº Antonio de Castro Figueirôa e Engº
José Netto do Prado (Diretores) da CBA


Ônibus da CBA que eram dirigidos por Ernesto
 Nunes e seus com panheiros



Bobinas com cabos para transmissão
de eletricidade - um dos produtos da
CBA que Ernesto transportou
 com caminhão



Igreja de São Francisco de Paula -
onde Ernesto e família praticavam
a vida religiosa



Padaria do Neco - Comerciante amigo
Fornecia o pão nosso de cada dia



Vísta panorâmica da propriedade dos irmãos
Dario e José Cerioni - Comerciantes



Arlindo Taraborelli
Comerciante



Francisco Furtado Vieira
e dona Edize - Vizinhos



José Clareti Soares
Colega de profissão



José Gomes e dona Iolanda
Vizinhos



Sebastião Antonio de Oliveira
e dona Terezinha - vizinhos



Paulo Theodoro dos Santos
Vizinho



Sebastião Aparecido dos Santos
e dona Fátima - vizinhos



Antonio Ceretta
Vizinho



Calixto Saiotti - Colega de
serviço e vizinho



Oswaldo Silveira de Freitas
e dona Lourdes -Vizinho



Salvador Mariano do Nascimento
Vizinho


Dr. Eno Lippi - Médico da CBA
por muitos anos - Foi transportado
por caminhão por Ernesto para
estudar em Sorocaba



ORIGEM


Antigo cemitério do Bairro Carafá.
 Nesse bairro nasceram Ernesto e Malvina




O casal Nunes e outros antigos moradores na 
primeira reunião realizada pela comissão para
 zelar pelo patrimônio que é o antigo cemitério

FAMÍLIA



O casal Nunes em fotos de 1960




Hospital Maria Regina, onde nasceram um
filho e uma filha do casal Ernesto e Malvina
na década de 1960



A Família Nunes na década de 1980



Padrinhos de aliança da neta Daniele



Comemorando Bodas de Ouro



Festa - Bodas de Ouro



Amor para sempre - Ernesto
e Malvina 



Com a filha Neusa



Com a filha Nádia



 Com o filho Miguel



Com a filha Katia


Ernesto, dona Malvina e a família



Companhia Brasileira de Alumínio
(onde Ernesto Nunes trabalhou durante
a maior parte de sua vida...)



Localizada na cidade de Alumínio, SP



E a vizinha cidade de Mairinque, onde Ernesto
desfruta de sua aposentadoria ao lado da esposa

AGRADECIMENTO

Nossos agradecimentos à Nadia Pires, filha do casal Ernesto Nunes e dona Malvina. Casada com Luiz Carlos Pires, ele e ela são nossos ex colegas de trabalho na Cia. Brasileira de Alumínio e ex vizinhos na Vila Industrial nos anos 70.
Esperamos que iniciativa como essa possa servir de estímulo para que outras filhas ou filhos, ou quem sabe netos ou netas venham a entrevistar seus ancestrais e deixar registrados para a História o trabalho abnegado desses abençoados chefes de família e suas proles.

CONCLUSÃO

         Este trabalho pode ser melhorado através de críticas construtivas e sugestões. É assim que tenho feito com todas as postagens publicadas em meu blog.
        Portanto, se você tiver qualquer contribuição a fazer, poderá entrar em contato comigo através do e-mail indicado no final desta publicação, ou por mensagem no Facebook.


SOBRE O AUTOR DA POSTAGEM


Wilson do Carmo Ribeiro é industriário aposentado, pedagogo e historiador diletante. 
É presbítero em exercício da Igreja Presbiteriana do Brasil, servindo atualmente na Igreja Presbiteriana Rocha Eterna de Sorocaba.
E-mail: prebwilson@hotmail.com



COMENTÁRIOS NAS REDES SOCIAIS:

Nadia PiresFicou lindo Wilson Do Carmo Ribeiro, mesmo eu que já li e reli esses fatos me emociono todas as vezes. Meu pai teve uma vida voltada para o trabalho, família , parentes e amigos. Nos ensinou a força do amor e a fé num Deus do Impossível. Em minha fraca memória ficou marcada desde criança, as orações que até hoje faz quando levanta, antes e depois do almoço e ao deitar-se. Esse é o segredo da felicidade " Uma vida em Deus". Fica meu eterno agradecimento de um sonho que o senhor me ajudou a realizar.

Katia Nunes Me fez chorar não de tristeza mas de orgulho e gratidão por ser escolhida por Deus a fazer parte desta família. ..meu pai ensinou agradecer, chegava em casa e ia orar, ensinou com ótimos exemplos. Obrigada Wilson Do Carmo Ribeiro...Não há homenagem melhor.



QUINTO ENCONTRO DE CONJUNTOS E QUARTETOS MASCULINOS NA IGREJA PRESBITERIANA DE CAMPO LARGO EM SALTO DE PIRAPORA

  APRESENTAÇÃO Aconteceu dia 30-04-2011 com início às 19 h 30 minutos na I.P. de Campo Largo em Salto de Pirapora o 5º Encontro de Conjuntos...