Estava procurando matérias que pudessem proporcionar-me a feitura de uma postagem no blog. Foi quando me deparei com uma reportagem feita pelo jornalista Eduardo Tomazella, a qual achei que poderia ser interessante aos leitores.
Admiro pessoas que gostam de livros. Aliás, eu já gostei e li muitos, porém de uns anos para cá tenho lido bem menos. Uma das razões é o declínio da acuidade visual por problemas como a miopia, catarata e glaucoma, que apesar de tratadas, não resistem a um tempo maior de concentração sobre um livro.
O outro motivo é o excessivo tempo que uso nas postagens na internet. Aliás, em minha última consulta oftalmológica, recebi orientação para não demorar mais de vinte minutos de cada vez que usar o computador.
Mas, voltando ao que citei no início, veja o que encontrei: um aposentado que mora em Sorocaba leu mais de 10.000 livros, feito que é sem dúvida dígno de admiração e de ser imitado.
Vamos ao relato:
“O aposentado Cid Odin Arruda, de Sorocaba, acaba de atingir um recorde: aos 95 anos, ele alcançou a marca de dez mil livros lidos. Simbolicamente, o décimo milésimo volume foi retirado no último dia 9 do Gabinete de Leitura Sorocabano, quando Arruda levou para casa o volumoso “O Cemitério de Praga”, do escritor Umberto Eco. “Estava curioso, mas fiquei um pouco decepcionado com a história”, comentou três dias depois, com a leitura quase no final. A marca obtida pelo homem que se diz “viciado em livros” é simbólica. A rigor, ele acha que leu alguns milhares de títulos a mais. “Antes, minha média era de quatro livros por semana”, diz.
O aposentado não guarda livros em casa. Ele prefere viajar em busca de boas leituras e se tornou conhecido em bibliotecas até de outros Estados, como o Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás. Em Guarapari (ES), esteve 22 vezes e em todas visitou a biblioteca. Funcionários desses locais veem-se no dilema de encontrar um livro que Arruda ainda não tenha lido e já se referem a ele como o “senhor Biblioteca”. No Gabinete de Leitura, em Sorocaba, fundado em 1866, ele é um dos sócios vivos mais antigos. Em 2008, foi agraciado com a medalha cultural concedida a pessoas compromissadas com a cultura. O problema é que ele já leu quase todo o acervo, segundo a funcionária Nilcéia Alves dos Santos. “Quando ele pede um livro, tenho de buscar lançamentos.”
Na companhia da mulher, a professora Elza Bertazini Bracher, de 86 anos, também amante dos livros, Arruda viaja entre oito e dez vezes por ano e escolhe como destino cidades que têm bibliotecas. Ele prefere edições volumosas, mas com personagens bem definidos. Um de seus recordes foi um livro de 1.110 páginas lido em cinco dias. “Sou ruim para nomes, mas lembro que a coleção mais detalhada de Os Miseráveis (Vitor Hugo), com sete volumes, foi lida em uma semana.”
O hábito da leitura vem de família. O avô, José Antão de Arruda, foi o primeiro bibliotecário do Gabinete Sorocabano, cargo depois exercido por seu pai, José Odin de Arruda. Era função do bibliotecário indicar livros para estudantes e sócios. “Como meu pai não tinha tempo de ler todos, pegava um pacote de livros e pedia que eu lesse e contasse a história para ele.” O então menino de 12 anos pegou gosto. “Lia às vezes um livro inteiro no dia e, quando eu dizia que era ruim, meu pai vetava.” Ele também era incentivado pela mãe, professora.
Apesar da paixão pela leitura, Arruda não gostava de estudar e, ao contrário dos pais, que hoje dão nome a escolas da cidade, não se tornou professor. “Sempre preferi o comércio e só estudei até o primeiro ano da antiga escola normal.” Arruda leu todos os clássicos, de “Os Lusíadas” (Camões) a “Dr. Jivago” (Boris Pasternak) e a Bíblia completa, várias vezes. Entre os preferidos estão obras que versam sobre reis, imperadores e faraós. Entre os brasileiros, Machado de Assis, Graciliano Ramos e Jorge Amado. “Oh, caboclo bom!”, diz sobre o baiano. Sobre os autores modernos, uma crítica. “Eles criam personagens demais, deixam o livro difícil de entender.” Arruda ainda toma ônibus para ir à biblioteca e se considera um dos mais antigos leitores do Estadão. “Ele é um fã, a primeira coisa que lê na biblioteca é o jornal”, diz dona Elza.”
CONCLUSÃO Este trabalho pode ser melhorado através de críticas construtivas e sugestões. É assim que tenho feito com todas as postagens publicadas em meu blog.
Portanto, se você tiver qualquer contribuição a fazer, poderá entrar em contato comigo através do e-mail indicado no final desta publicação.
SOBRE O AUTOR DA POSTAGEM
Wilson do Carmo Ribeiro é industriário aposentado, professor e historiador diletante.
É presbítero em exercício da Igreja Presbiteriana do Brasil, servindo atualmente na Igreja Presbiteriana Rocha Eterna de Sorocaba.
É desta forma que desejo fazer um relato
sobre minha carreira de quarenta e dois anos servindo a Deus na Igreja
Presbiteriana no exercício do ofício de presbítero.
Na verdade para um relato mais completo, devo
começa-lo por minha conversão e a pública profissão de fé e batismo.
1 – SANTA CRUZ DO RIO PARDO
Ouvi a pregação do Evangelho pela primeira
vez quando era adolescente e fui levado juntamente com minha família a um culto
evangelístico realizado na Igreja Presbiteriana Independente de Santa Cruz do
Rio Pardo, SP, onde éramos oleiros e nossos patrões Joaquim Rodrigues da Cunha
e Bernardino Araújo eram membros daquela igreja (o primeiro era presbítero).
Meu pai, nessa ocasião ganhou uma bíblia
usada. Quem a deu foi o pastor daquela igreja, o Reverendo José Coelho Ferraz,
que viria a ser Presidente da Executiva Nacional daquela igreja-irmã. A semente
do Evangelho havia sido plantada na vida
de nossa família.
Mudamo-nos daquela olaria para outras em
cidades vizinhas e perdemos contato com os ex patrões e com o Evangelho do qual
ouvimos falar naquela noite.
Igreja Presbiteriana Independente de
Santa Cruz do Rio Pardo, SP
2 - ALUMÍNIO
Em 1959, morando em Alumínio, SP, ainda
fazendo tijolos, meu pai e eu recebíamos a visita dos irmãos Gediel de Moura e
Ermírio Pereira dos Santos enquanto estávamos trabalhando à noite na queima dos
tijolos no forno (a operação durava três dias).
Foi assim que meus pais Durvalino e dona
Benedita, mais eu e meu irmão José fomos evangelizados porque havíamos aceito o
convite deles para frequentar a então Congregação Presbiteriana Filadélfia de
Alumínio, a qual funcionava em um prediozinho próximo à portaria da Cia.
Brasileira de Alumínio.
Em 31-12-1961 fomos examinados por
presbíteros da I.P. Filadélfia, presidido pelo Reverendo Abimael de Campos Vieira
na parte da tarde e no culto de vigília professamos nossa fé e fomos batizados:
Meus pais, eu e meu mano José.
A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA EM ALUMÍNIO
Em 15-03-1965 a congregação em Alumínio se tornou igreja
organizada com o nome de Igreja Presbiteriana de Alumínio.
À época eu tinha 23 anos e fui eleito diácono. Em
15-03-1975 fui eleito presbítero e desde então não deixei, pela graça do bom
Deus de ser eleito ou reeleito para o ofício.
Três meses após a organização da igreja, casei-me com a
jovem Claudineide Marra Ribeiro e nosso casamento foi realizado no templo da IP
Filadélfia onde ela continuava membro. Nossos pastores Reverendos Abimael de
Campos Vieira e Moisés Martins Aguiar presidiram a cerimônia.
Tivemos o privilégio de cooperador com nossos pastores
nos trabalhos da IP Alumínio nas localidades de São Roque, Canguera e
Araçariguama.
Fui secretário do Conselho por várias vezes e também
representante no Presbitério de Sorocaba. Comecei a fazer pregações e fui
professor na Escola Dominical e membro ativo, primeiramente na UMP e depois na
UPH.
Presb. Gediel de Moura,
um dos irmãos que nos
evangelizaram em
Alumínio
Rev. Abimael de Campos Vieira fez nossa profissão de fé nos batizou
A IP de Alumínio quando foi organizada em 1965.
Na foto aparecem: Diácono Silas Ribeiro,
Presb. Waldemar Machado (atrás do menino),
Diácono Wilson do Carmo Ribeiro (de braços cruzados)
e Diácono Walter de Moura. Atrás do Silas, minha
mãe sra. Benedita Maria Ribeiro
Casamento de Claudineide e Wilson
em 15-03-1965 em Sorocaba, SP
Lançamento da pedra fundamental do Edifício
de Educação Cristã da I de Alumínio. No primeiro
plano aparecem: Rev. Isac Silvério (pastor da igreja);
Presb. Ercy Moreira (projetista da construção) e
eu colocando uma lembrança na caixa que ficou
enterrada sob o local onde seria o piso do salão
do edifício, que funcionou como templo até o
ano 2.000.
Ordenação e investidura do Presb.
Wilson no Conselho da IP de Alumínio
em março de 1975. O pastor foi o Rev.
Willes Banks Leite.
MAIRINQUE
Explico: Em 1980
nos mudamos para Mairinque onde participamos (falo no plural porque aí já
envolve minha família e a de outros irmãos) na fundação da congregação local e
em 1985 da organização da Igreja Presbiteriana de Mairinque, trabalho esse iniciado
em nossa casa em julho de 1981. (ver histórico completo em: http://wilson-ribeiro.blogspot.com.br/2011/03/o-presbiterianismo-em-mairinque.html
)
Pois então: Com a igreja organizada, fui eleito
presbítero da mesma, tendo exercido o ofício nessa comunidade até início de
1997.
Aí também fui secretário do Conselho e representante no
Presbitério por várias vezes. Era escalado para pregar e fui professor na Escola
Dominical.
Necessário se faz dizer da importância da participação da
minha família e em especial da minha esposa dona Claudineide, que além de dar
o suporte necessário ao trabalho do marido, sempre teve atuação sanguificativa
no trabalho feminino, inclusive em âmbito presbiterial e também como professora
na Escola Dominical.
Alunos da Escola Dominical iniciada em julho de 1981
defronte de nossa casa em Mairinque. Aí o trabalho
funcionou até dezembro de 1983.
Ainda em nossa casa em março/83, a organização da SAF. D. Claudineide foi a primeira presidente
Nossa família em Mairinque
Nosso caçula Artur participando de mutirão para a construção do templo em 1988
O templo da IP de Mairinque, consagrado a Deus em 1990.
Em pé os presbíteros do primeiro Conselho da IP de Mairinque
na organização em 1985: Zilton Machado Neves, Aroldo de Souza,
Wilson do Carmo Ribeiro e Jovelino de Oliveira Tomáz.
Agachados os diáconos: Onofre Reis Filho, Benedito
Antonio Fernandes, Eliseu Muniz dos Santos e Laercio
Aparecido Pereira
Presb. Wilson pregando e falando sobre a História da IP Mairinque em novembro de 2010 (jubileu de prata da organização)
Coral da Igreja Presbiteriana de Mairinque 1988 - Regência Presb. Walter de Moura
ARAÇOIABA DA SERRA
Após encerrar
minha atividade profissional (31 anos na CBA e 4 anos na Prefeitura Municipal,
além de 10 anos no magistério no período noturno),optamos mudar para uma
chácara que havíamos adquirido em Araçoiaba da Serra, SP. Em outubro de 1993,
na qual terminamos a construção de uma casa precariamente edificada.
Fomos morar num bairro chamado Jardim Colonial, distante
seis quilômetros da igreja, tendo de utilizar a rodovia para acessar o centro
da cidade onde se localizava a igreja.
Isto foi em 1997 e no ano seguinte fui eleito presbítero
da igreja, a qual funcionava em um pequeno templo construído no início dos anos
90, o qual já não comportava mais a quantidade de frequentadores, surgindo
então com muita força a ideia da construção de um novo templo.
E uma grande alegria no exercício do presbiterato dessa
igreja foi a de participar da compra do terreno e da construção do novo templo,
consagrado em 2006, com a presença do Reverendo Roberto Brasileiro, Presidente
do Supremo Concílio da IPB, que foi o pregador naquele culto memorável.
Aí também nessa
comunidade o Conselho nomeou-me historiador oficial da igreja e, após acurada
pesquisa nos livros de atas, (aproximadamente 1.000 páginas) publiquei o
trabalho após aprovação do Conselho, primeiramente em forma de apostila e
depois na internet (ver em: http://wilson-ribeiro.blogspot.com.br/2011/03/historia-da-igreja-presbiteriana-de.html).
Foi também nessa igreja
que, por iniciativa do pastor à época, Reverendo Anizio Batista, me foi
concedido pela Assembléia realizada para esse fim, o título de Presbítero Emérito em novembro de 2008.
Mesmo com a Emerência, exerci meu ofício de presbítero
até nos mudarmos para Sorocaba..
Presb. Wilson com a esposa d.
Claudineide e o Rev. Anizio Batista
no terreno onde foi construído o novo templo
Mutirão para a construção do novo templo da IP de Araçoiaba da Serra. O Presb. Wilson é o último em pé à esquerda
Dona Claudineide e irmãs Aparecida, Erenice, Maura e Marlene preparando almoço no mutirão
O templo da IP de Araçoiaba da Serra
consagrado em 2006
Presb. Wilson e família - Culto de Emerência na IP
de Araçoiaba da Serra em 2008
SOROCABA
Em junho de 2011 achamos por bem, eu e minha esposa (os
filhos já estavam todos casados) transferir nossa residência para Sorocaba,
pois já estávamos sentindo a necessidade de estarmos mais próximos dos recursos
relativos aos cuidados com nossa saúde.
Já não tinha mais o vigor necessário para cuidar da
chácara, levando se em conta minha idade o fato de ser portador de cardiopatia
chagásica e de ter um cotovelo faturado num acidente de trânsito, perdendo a
mobilidade e força no braço esquerdo. Isso além de atrose na coluna vertebral e
varizes das quais não consegui me livrar mesmo após três cirurgias. Soma-se a
tudo isso, o fato de ter sequela de um enfarte em 1983 provocado por stress.
Oramos muito e Deus nos trouxe ao Bairro Barcelona e à
igreja presbiteriana, que tem o nome de Igreja Presbiteriana Rocha Eterna.
Nessa igreja, os irmãos acharam por bem eleger-me presbítero, sendo que em
13-05-2012 fui investido no ofício. Isto mesmo apesar de expor a existência das
limitações físicas pelos motivos já expostos.
A essa altura já não estava podendo mais conduzir nosso
veículo por ser portador de glaucoma, enfermidade que afeta os olhos e limita
as noções de profundidade e lateralidade, tornando-se perigosa a condução, mesmo
de um automóvel. A partir de então, passei a depender da habilidade e
disponibilidade de minha esposa para ir à igreja ou outros lugares em que se
faz necessário o uso do carro.
Em julho de 2013 meu coração começou a apresentar um
aumento de arritmia e acabou por levar-me a uma parada cardiorrespiratória, ficando
15 dias numa UTI e mais uma semana no hospital e a usando um micro desfibrilador
portátil implantado em meu tórax.
Recuperado e monitorado devo registar que tivemos a
alegria de participar de muitas coisas abençoadas na IPRE, inclusive do
lançamento da pedra fundamental do templo da Congregação localizada no bairro
Júlio de Mesquita Filho, mais conhecida como Igreja Presbiteriana Boas Novas.
Na Igreja Presbiteriana Rocha Eterna tive o privilégio de
ser por mais de uma vez o Vice-Presidente do Conselho e professor na Escola
Dominical, o que minha esposa também continua fazendo, além da participação
ativa no trabalho feminino.
Na assembléia realizada em 08-04-2017 comuniquei que não
pretendia mais continuar no exercício do presbiterato, face às condições
físicas já expostas e também para dar oportunidade a servos que Deus preparou
para me suceder.
Por falar em servos (pastores e presbíteros) com os quais
tivemos oportunidade de trabalhar nos Conselhos e no Presbitério, temos um
trabalho sobre o assunto, o qual você poderá ver clicando aqui:
Presb. Wilson e d. Claudineide participando do lançamento
da pedra fundamental da Congregação Presbiteriana
Boas Novas no Parque Júlio de Mesquita Filho
O templo totalmente construído e consagrado a Deus
Nossa família em maio de 2015 quando comemoramos bodas de ouro no templo da IP Filadélfia, mesmo templo onde nos casamos. Em abril de 2016 nasceria nosso netinho Davi, filhinho da Flávia e do Willy
O BLOG DO RIBEIRO
Foi em 2010 que por iniciativa de minha neta Mariana Ribeiro Gonçalves, à época com 16 anos foi criado o Blog do Ribeiro. "Vô, é para o senhor publicar seus escritos" - disse-me a neta adolescente.
Embora existam muitas publicações que não sejam de cunho religioso, deixo aqui indicada aos irmãos um trabalho publicado em duas partes que considero seja uma colaboração muito útil que vou deixar como um legado histórico para nosso povo presbiteriano. Para conhecê-lo, basta clicar nos links abaixo: 1 - O Presbiterianismo em Sorocaba e Região - Parte 1;
Em 13-05-2017 encerrei minha carreira, passando para a
disponibilidade, restando me expressar como o apóstolo Paulo em parte do
versículo da 2ª de Epístola a Timóteo v. 7.4: “Combati o
bom combate, acabei a carreira, guardei a fé...”
A Deus toda a glória.
Última pregação do Presb. Wilson ainda no exercício
do presbiterato. IP do Jardim Simus em 19-03-2017
a convite do Rev. Manoel Peres Sobrinho, que foi
nosso pastor em Alumínio e em Mairinque
Homenageado pela I.P. Rocha Eterna por ocasião da posse do Presb. Luiz Carlos, que sucedeu o Presb. Wilson no Conselho
CONCLUSÃO
Este trabalho pode ser melhorado através de críticas construtivas e sugestões. É assim que tenho feito com todas as postagens publicadas em meu blog.
Portanto, se você tiver qualquer contribuição a fazer, poderá entrar em contato comigo através do e-mail indicado no final desta publicação.
SOBRE O AUTOR DA POSTAGEM
Wilson do Carmo Ribeiro é industriário aposentado, professor e historiador diletante.
É presbítero emérito da Igreja Presbiteriana do Brasil;.
Conheci a cidade de Chavantes em 1957 quando morava na
vizinha cidade de Ipaussu e fui assistir a uma partida de futebol entre as equipes
das duas cidades: A A.A. Chavantense e o C.A. Ipauçuense. (a grafia passou a
ser Ipaussuense anos depois).
Nas décadas de 1980 e 1990, de passagem para visitar parentes na região
estive novamente na cidade, revendo um grande amigo que tive na juventude no Município de Bernardino de Campos, o
Valdeval Barlati (Varginho), comerciante e desportista em Chavantes. Fiquei muito triste quando recebi a notícia do falecimento dele há alguns anos.
Pela Rodovia Raposo Tavares, passei próximo da cidade
outras vezes com minha família indo a Ourinhos e Ribeiro do Sul onde
tenho parentes, não chegando entretanto a adentrar a cidade. Embora pequena, Chavantes é acolhedora, tem um interessante museu histórico e os pontos turísticos estão relacionados com a represa no Rio Paranapanema que passa pelo município.
ADMINISTRAÇÃO:
Poder Executivo
Prefeitura Municipal
Marcio de Jesus do Rego
Prefeito
Douglas Edson Mollo
Vice-Prefeito:
Poder Legislativo
Câmara Municipal
Vereadores: Os Vereadores eleitos e empossados para o mandato de 2017 a 2020 no Município de Chavantes são:
A história da
nossa terra começa quando, no ano de 1887, aqui chegou, juntamente com sua
família, o pioneiro João Ignácio da Costa Bezerra.
Este pioneiro, atraído por esta terra fértil, pelo seu
excelente clima e pela beleza do Vale do Paranapanema, resolveu aqui se
instalar às margens do riacho da Cachoeira ou Igarapé da Cachoeira,
provavelmente nas proximidades onde se encontra hoje instalada a Sermec S/A
Indústrias Mecânicas, e principiou ali a abertura de uma clareira que daria
origem ao primeiro núcleo de moradias e posteriormente, o surgimento do
Distrito de Irapé, e consequentemente, ao Município de Chavantes. Nos idos de
1887, tudo aqui era sertão bruto e, segundo consta do livro de Borba Gato,
somente o grande bandeirante Fernão Dias Paes Leme, em suas andanças pelo
Brasil, à procura de esmeraldas, principalmente, aqui esteve e fez suas
escavações na tentativa de encontrar as tão sonhadas pedras. Nem mesmo as
hostilidades deste sertão bruto impediram o progresso desta localidade, cujo
grupo de pessoas era formado pelo destemido João Ignácio da Costa Bezerra e sua
família, aliado ao seu companheiro também recém-chegado João Francisco Machado,
e mais algumas famílias.
Pensaram logo em
fundar ali um Patrimônio, para isso recorrendo às pessoas de sua amizade que
faziam parte da comunidade, começando a angariar alguns alqueires de terras
para este fim. Destacou-se nestas doações, o Sr. Joaquim Custódio de Souza e
sua família .
Foram assim angariados 19 alqueires de terra, e ficou
designado o dia 07 de outubro de 1900 para ter lugar a anunciação do novo
patrimônio com o nome de Patrimônio de Santana da Cachoeira. Como vemos, este
povoado recebeu, desde o seu início muitas denominações, ou seja: Fazenda
Santana da Cachoeira, - Patrimônio Santana da Cachoeira, - Vila de Santana da
Cachoeira e, finalmente, culminaria com Distrito de Irapé, que atingiria o seu
auge Econômico, Político e Cultural entre os anos de 1909 e 1925.
A partir daí,
perderia importância e cederia a sua hegemonia ao Distrito e posteriormente
Município de Chavantes que passaria a liderar e tomar as decisões sobre este
pedaço de chão e sua gente. Mas antes do Distrito de Irapé perder a sua importância
em favor do Distrito de Chavantes, o primeiro distrito que deu origem ao nosso
Município, foi palco de importantes acontecimentos, pois Irapé era o
"QG" dos coronéis na época.
Dada esta
importância, este Distrito era centro de decisões regionais, que influiam nos
negócios Estaduais e Federais. Tamanha era a importância deste Distrito que,
muitas obras de vulto, aqui foram construídas. Entre elas poderíamos destacar:
Em 1915 é construída a Igreja Matriz do Distrito de Irapé, sendo inaugurada em
25/08/1918; em 1918 são feitos os estudos para a construção da Ponte
"Alves Lima" - PONTE PÊNSIL DE CHAVANTES"; em 1921 é construído
o Teatro São José, Teatro Distrital do Irapé, sendo o 1º a ser construído no
Oeste Paulista. Na época, existiam muitas atividades no Distrito de Irapé, e
uma intensa vida Política, Social, Econômica e Cultural, dominava este local.
Somente na Rua Central do Irapé, havia um grande número de prédios com mais de
sessenta casas comerciais oferecendo produtos nacionais e estrangeiros de toda
ordem.
No Distrito de
Irapé, se reuniam todos os comerciantes, homens de negócio e moradores da
região, para fazerem as suas transações comerciais.
Formação Administrativa: Distrito criado com a denominação
de Irapé, por lei estadual nº 1772, de 22-10-1909, subordinado ao município de
Santa Cruz do Rio Pardo. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911,
figura no município de Santa Cruz do Rio Pardo o distrito de Irapé. Pela lei
estadual n.º 1554, de 08-10-1917, o distrito de Irapé passou a denominar-se
Chavantes. Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de I-IX-1920,
Chavantes figura como distrito do município de Santa Cruz do Rio Pardo. Elevado
à categoria de município com a denominação de Chavantes, por lei estadual nº
1885, de 04-12-1922, desmembrado de Santa Cruz do Rio Pardo. Sede no antigo
distrito de Chavantes. Constituído do distrito sede. Instalado em 08-02-1923.
Em divisão administrativa referente a 1933, o município de
Chavantes é constituído do distrito sede. Pelo decreto-lei nº 7064, de
06-04-1935, é criado o distrito de Irapé e anexado ao município de Chavantes.
Pelo decreto-lei nº 14334, de 30-11-1944, é criado o distrito de Canitar e
anexado ao município de Chavantes. No quadro fixado para vigorar no período de
1944-1948, o município de Xavantes é constituído de 3 distritos: Chavantes,
Irapé e Canitar. A lei estadual nº 8092, de 28-02-1964, altera a grafia do
município de Chavantes para Xavantes. A lei nº 3223, de 30-12-1981, altera a
grafia do município de Xavantes para Chavantes. A lei estadual nº 7644, de
30-12-1991, desmembra do município de Chavantes o distrito de Canitar que é
elevado à categoria de município. Em divisão territorial datada em 01-VI-1995,
o município é constituído de 2 distritos: Chavantes e Irapé. Assim permanecendo
em divisão territorial datada de 2007.
Alteração de grafia: Chavantes para Xavantes: teve sua
grafia alterada pela lei estadual nº 8092, de 28-02-1964. Xavantes para
Chavantes: teve sua grafia alterada por força da lei nº 3223, de 30-12-1981.
Alteração toponímica distrital:Irapé para Xavantes, alterado pela lei estadual
nº 1554, de 08-10-1917.